Caos em Pernambuco afeta os trabalhos no Náutico e volante Yuri chama situação de guerra civil
Sair da redação do Jornal do Commercio para fazer a cobertura de um dos três grandes clubes da capital pernambucana faz parte do dia dia dos repórteres do jornal. Entrevistar os jogadores sobre o próximo jogo, acompanhar o treino e a equipe a ser definida pelo técnico também.
Mas, essa onda de violência em todo o Estado por conta da greve dos policiais militares infelizmente vem causando um caos por todos os lados e afetando o trabalho de toda a imprensa e certamente de todo o povo pernambucano. Shoppings, bancos e o comércio fecharam as portas mais cedo nesta quinta-feira com medo de novos arrastões e da onda de violência que se espalhou por todos os lados.
No futebol muita coisa foi afetada também. Por pouco o Náutico não cancelou o treino do elenco profissional nesta tarde no CT Wilson Campos, que fica na Guabiraba, as margens da BR-101. Aliás, não fosse a Polícia Rodoviária Federal (PRF) um protesto de moradores da Guabiraba teria acontecido próximo ao CT. Pois bem, em meio ao caos o Timbu trabalhou normalmente nesta tarde.
Mas, ao anoitecer, todos foram pegos de surpresa com o pedido da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) junto à CBF para que o jogo do sábado contra o Vasco pela Série B fosse cancelado por causa da greve dos policiais militares. O motivo para o cancelamento deixou o volante Yuri bastante indignado e ao mesmo tempo triste pela falta de educação de algumas pessoas.
“Estamos focados no nosso trabalho e ainda mais com essa troca de treinador, mas o que está acontecendo no Recife é uma vergonha. Meu irmão não foi nem para a escola por causa disso”, comentou. Mas, o que mais chamou a atenção do atleta foi o fato de nos arrastões conter mulheres grávidas e crianças.
“Isso parece uma guerra civil, mulheres grávidas, idosas e crianças roubando outras pessoas, saqueando lojas, isso não pode acontecer. Não são bandidos, são pessoas “normais” que na verdade estão mostrando quem são, bandidos também”, desabafou. O caos é tão grande que até as Forças Nacional e o exército estão na ruas para manter a paz, algo que estamos acostumados a ver apenas em outros países como Afeganistão, Iraque entre outros.
“Vi tanques do exército e caminhões cheios de soldados tentando manter a ordem no Recife, mas quem tem que manter a paz somos nós mesmos”, declarou. Com o jogo cancelado o time passa a ter mais tempo para trabalhar e se entrosar com o novo técnico. “Fiquei sabendo agora que o jogo foi cancelado. Pelo menos vamos ter mais tempo de trabalho e para conhecer melhor o perfil do Sidney Moraes”, encerrou.
Sport perde para o Paysandu por 2×1 no Mangueirão
Primeiro para quem só quer saber de Sul-Americana:
O Sport conseguiu seu objetivo de consolidar sua presença na Copa Sul-Americana ao perder para o Paysandu por 2×1 no Mangueirão, na noite desta quinta-feira (15), no Mangueirão, em Belém. Apesar de toda fragilidade dos bicolores, eles conseguiram os gols com os insistentes Pikachu e Marcos Paraná. O Sport acordou durante o breve momento depois de tomar o primeiro gol mas depois correu demais e jogou de menos.
O Sport conseguiu seu objetivo de consolidar sua presença na Copa Sul-Americana ao perder para o Paysandu por 2×1 no Mangueirão, na noite desta quinta-feira (15), no Mangueirão, em Belém. Apesar de toda fragilidade dos bicolores, eles conseguiram os gols com os insistentes Pikachu e Marcos Paraná. O Sport acordou durante o breve momento depois de tomar o primeiro gol mas depois correu demais e jogou de menos.
Agora para quem prefere a Copa do Brasil:
O Sport iniciou mal sua arrancada na segunda fase da Copa do Brasil ao perder para o Paysandu por 2×1 no Mangueirão, em Belém, na noite desta quinta-feira (15). O resultado deixa os rubro-negros dependendo de uma vitória por 1×0 no jogo da volta, no longínquo 24 de julho, na Ilha do Retiro. O Papão joga pelo empate ou derrota por um gol de diferença a partir de 3×2 (4×3, 5×4…). Se os pernambucanos devolverem os 2×1 a decisão vai para os pênaltis.
O Sport iniciou mal sua arrancada na segunda fase da Copa do Brasil ao perder para o Paysandu por 2×1 no Mangueirão, em Belém, na noite desta quinta-feira (15). O resultado deixa os rubro-negros dependendo de uma vitória por 1×0 no jogo da volta, no longínquo 24 de julho, na Ilha do Retiro. O Papão joga pelo empate ou derrota por um gol de diferença a partir de 3×2 (4×3, 5×4…). Se os pernambucanos devolverem os 2×1 a decisão vai para os pênaltis.
A missão de encaminhar os passaportes para a competição continental mostrou-se árdua para os reservas do Sport, tamanha era a fragilidade do Paysandu. Também poderíamos escrever deficiência técnica de quase todo time. Nem mesmo o outrora carrasco Pikachu conseguiu ser letal. E olhem que ele teve uma chance de ouro logo aos oito minutos. Zé Antônio, um dos poucos que não poderia ser enquadrado no grupo dos abaixo da crítica, cruzou da linha de fundo pelo lado esquerdo. O camisa 10 estava tão livre que nem precisou saltar. Meteu a cabeça na bola, que passou raspando a trave direita de Saulo.
O panorama era o seguinte: o Paysandu atacava quando podia. E sempre podia muito. O Sport atacava quando queria. E sempre queria pouco. O problema é que o Papão não conseguia e o Sport, nitidamente, não queria. Ou, no máximo, queria pouquíssimo. Claro que devemos levar em consideração que os 11 leoninos que entraram em campo pouco treinaram, mas essa dificuldade foi a mesma diante do Brasília, na fase anterior, e, mesmo assim, viu-se velocidade e, principalmente, ambição.
Uma das principais características do time – seja o titular ou o reserva – é o jogo vertical. Desta vez a direção adotada foi a lateral. Nem mesmo nos contra-ataques, os leões tentavam imprimir mais velocidade. Sobre o Paysandu precisa ser dito que forçava demais o jogo pelo lado esquerdo com Jô ou o já citado Zé Antônio, que caía muito pelo lado esquerdo de ataque. Provavelmente instruído pelo técnico Mazola Júnior que o lateral não era lateral. Bileu é volante de origem.
Mas o time paraense errava até não poder mais. Saía jogando certo até porque ninguém era pressionado, ultrapassava bem o meio de campo, também sem pressão. Mas quando chegava perto da área pernambucana era um festival de passes errados. Tanto que depois do erro de pontaria de Pikachu, a segunda, que também seria a última, oportunidade de gol, veio num presente de Ewerton Páscoa a Lima. Ele ficou tão surpreso, que ao chutar, carimbou as costas do companheiro Jô. Por isso, a bola tomou o rumo das nuvens.
A cabeça mal calibrada e timidez ofensiva de Pikachu no primeiro tempo ficaram no vestiário. Uma vez algoz, sempre algoz e logo aos seis minutos ele mostrou que foi só um mau momento. Zé Antônio lançou Lima, que cruzou no segundo pau. Tão livre quanto na primeira chance que teve no jogo, desta vez o herói dos desenhos animados não falhou quando acionado. Mandou de cabeça para as redes, sem apelação.
O gol dos bicolores surtiu o efeito de um choque elétrico nos vermelho e pretos. Partiram para cima, tentaram jogar em velocidade, o que era bem mais fácil de fazer do que o adversário, e nem precisaram de muito esforço. Até porque, como já foi dito no primeiro tempo, o oponente não metia muito medo. Aos nove minutos, Felipe Azevedo tabelou com Neto e chutou forte no canto esquerdo de Paulo Rafael: 1×1.
Mas quem acumulava toda energia, aliás fazendo jus ao homônimo Pokémon, era Pikachu. Como meia ou como ala, sempre dava opção ofensiva. Como precisava vencer, Mazola mandou Marcos Paraná para o lugar do lateral Aírton. O novato teve uma grande chance aos 26. Talvez por ainda estar frio tentou chutar a bola mas acertou o vento. Dois minutos depois a vida deu-lhe uma segunda chance, ainda mais livre que na primeira. Seria esnobar demais da sorte, mas ele não fez isso. Chutou sem chance para Saulo: 2×1.
Foi a vez de Pedro Gama correr risco. Tirou Robert Flores, em mais uma jornada sem aproveitar a chance que teve, para acionar o atacante Sandrinho. Mas quem chegou perto de novo foi Marcos Paraná, definitivamente o maior seguidor do onipresente Pikachu. O garço desta vez foi o centroavante Lima. Na primeira ele furou, na segunda acertou. Na terceira foi a vez de chutar fraco e facilitar a vida de Saulo. O Sport rondou muito, forçou a barra mas gol que é bom, nada.
Ficha do jogo:
Paysandu: Paulo Rafael; Djalma (Ricardo Capanema), Charles, João Paulo e Airton (Marcos Paraná); Augusto Recife, Pablo, Zé Antônio e Yago Pikachu; Lima e Jô (Leandro Carvalho). Técnico: Mazola Júnior.
Sport: Saulo; Bileu, Meza, Ewerton Páscoa e Igor; Ronaldo, Neto (Bruninho), Wendell e Robert Flores (Sandrinho); Felipe Azevedo e Érico Júnior (Joélinton). Técnico: Pedro Gama (interino).
Local: Mangueirão, em Belém-PA. Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF). Assistentes: José Araújo e Daniel Henrique da Silva Andrade (ambos do DF). Gols: Pikachu, aos seis; Felipe Azevedo, aos nove; Marcos Paraná, aos 28 do segundo tempo. Cartões amarelos: Augusto Recife, Zé Antônio, Marcos Paraná, Felipe Azevedo e Érico Júnior.
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