Evangélico fervoroso e reservado: o irmão Fred dentro da igreja.
Fred não é pontual, prefere ser precavido. Chega com antecedência de 24 minutos. Veste-se de forma discreta: sapatos, calça e camiseta polo pretas. A bíblia, carregada pela mão esquerda, chama atenção só para quem é de fora. Afinal, foge à regra da imagem do centroavante do Fluminense e da Seleção que rodou o país através de um vídeo na internet, onde aparece beijando uma desconhecida no meio de uma avenida em Belo Horizonte, no ano passado. A presença na Igreja, no entanto, diz muito sobre a nova fase do jogador, embora não seja capaz de fazê-lo notado ao entrar na sede da Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul (Ceizs), no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Ele caminha sem ser abordado com pedidos de fotos ou autógrafos. Gritos femininos? Choros desesperados por atenção? Apelo de pais por um agrado aos filhos? Nada. O que é comum em treinos e jogos, seja do Tricolor ou do Brasil, inexistem na igreja. Por cerca de 100 metros até sentar na sexta fileira de cadeiras acolchoadas, mantém o olhar ao altar. Lá acontece o culto que passou a frequentar rotineiramente em janeiro. A cargo do pastor Marco A. Peixoto, o tema abordado na ocasião foi "o Rio de Janeiros sob trevas". Especificamente: os efeitos, no entender dele, negativos do Carnaval.
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